Ok. Desisti de desistir.
Foda-se. Vou parar de atrasar meu lado e fazer o que vim fazer nessa existência que é pintar.
Minha maior alegria e meu maior drama também.
A parte “externa” de ser artista sempre me deu medo. Ter que me mostrar, ter que ser influencer… Estou há meses falando disso na terapia e em um momento ela (minha terapeuta) falou “mas esse e mesmo o único caminho possível para ser artista?” E eu acho que nos últimos anos nós artistas tivemos que adaptar e readaptar tanto nossos trabalhos para que ele funcionasse no contexto das redes sociais que quando eu parei pra analisar, tinha me afastado muito da Eve que começou há 15 anos atras por puro amor e sonho. A vida adulta, contas pra pagar, pessoas pra impressionar… todo esse esquema fez minha criatividade virar pó. Me fez desacreditar de mim mesma…
Pensando nisso, acho que associei essa rotina de aumentar o alcance do meu trabalho com o proposito de ter escolhido esse caminho lá atras e quase que deixei tudo se perder.
Eu aqui, quieta no meu cantinho, estava batalhando muito pra sair do ~’mundo da arte’~ . há um par de anos na verdade porque eu não aguentava mais essa pressão. Estava disposta a fazer da arte um hobby e procurar qualquer outra coisa pra ganhar dinheiro, mas porra… é justo desistir no “quase lá”?
Olho a corrente imaginaria de mulheres que nasceram, cresceram e morreram até eu chegar ate aqui. Não quero decepciona-las e de algum jeito quase magico elas me empurram pra frente e aqui estou/estamos. Vai ser por elas e consequentemente por mim.
